ContabilidadeApresentação

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio em São Luis como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

Segundo a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado garantir saúde para toda a população. Para tanto, em 1990, o Governo criou o Sistema Único de Saúde (SUS), regido pela Lei 8.080. A Lei afirma que o SUS é composto por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público e que a iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. Porém, a Lei também afirma que os serviços de assistência à saúde são livres à iniciativa privada, desde que observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do SUS, que autoriza e controla os serviços privados de assistência à saúde, caracterizados pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.

Com isso abre-se espaço para a atuação empreendedora nos serviços de saúde, através das clínicas de saúde em suas diversas especialidades. As clínicas podem ser estabelecimentos com internação, sem internação ou de apoio à diagnose e terapia. O setor privado predomina nos estabelecimentos com internação e de apoio à diagnose e terapia.

As clínicas atuam nas mais diversas atividades. Em relação aos pequenos empreendimentos é notável a especialização, isto é, o atendimento em apenas uma ou algumas áreas relacionadas da medicina. É um campo fértil para profissionais recentemente formados que, apesar de entenderem a saúde como atribuição do Estado, não querem passar toda sua carreira como servidores públicos com perspectivas de crescimento reduzidas. Da mesma forma, os profissionais mais reconhecidos nas suas especialidades, conseguem melhor renda quando trabalham como empreendedores nas suas próprias clínicas.

As perspectivas não são modestas para um negócio no ramo de clínicas de saúde, por se tratar de um bem de primeira necessidade, com nichos extremamente fechados, abrindo oportunidades para aqueles que conseguem agregar valor e se diferenciar por especialidade. Dependendo da especialidade pode-se conseguir um lugar único no mercado, mas também existe o risco de forte concorrência, como no exemplo dos consultórios odontológicos.

A renda advém diretamente das famílias, consumidores finais dos serviços de saúde, ou através dos convênios com planos e seguradoras de saúde.
Este documento não substitui um plano de negócio.Para elaborá-lo procure o Sebrae.

Mercado

O mercado para as clínicas de saúde é bastante amplo. Os Brasileiros gastam mais de 20% da renda com saúde. As famílias mais ricas gastam cerca de 30% do seu orçamento com consumo de bens de saúde, notadamente em serviços especializados como consultas e tratamentos.

De acordo com a ANS – Agência Nacional da Saúde Suplementar, o número de brasileiros cobertos por planos de saúde privados de Autogestão, Cooperativas Médicas, Filantropias, Medicina de Grupo e Seguradoras (incluindo planos odontológicos), tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Em dezembro de 2000, o número de beneficiários total era de 31 milhões, atualmente, segundo dados divulgados em Dezembro de 2013 pela ANS o número saltou para 50,3 milhões, um crescimento de 4,6% se comparado com o mesmo período em 2012 que era de 48,1 milhões de beneficiários.

Sendo assim, as clínicas de saúde tem a oportunidade de entrar neste mercado de forma diferenciada, oferecendo atendimento personalizado, com facilidades de pagamento, localização estratégica e agilidade no atendimento. O atendimento médico geralmente apresenta maior qualidade, tendo em vista a demanda de clientes particulares, além do atendimento por meio dos convênios com os planos de saúde.

Antes de abrir um negócio, recomenda-se a realização de ações de pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a concorrência. Seguem algumas sugestões:

• Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de bairro para quantificação do mercado alvo;
• Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho;
• Participação em seminários especializados.

Em relação à concorrência, é importante ressaltar a grande flexibilidade na diferenciação, seja através de produtos/serviços únicos seguindo uma especialidade, seja através de localização ou através de complementaridade de serviços. Pode-se, com base nas pesquisas de mercado indicadas acima e com alguma criatividade, criar um nicho único, com concorrência mínima.

Após investigar e analisar todas as questões do mercado, dividindo entre consumidores, concorrentes e fornecedores, o empreendedor estará apto a um melhor posicionamento neste mercado.

Localização

Dentre todos os aspectos importantes para a escolha do ponto, deve-se considerar prioritariamente a densidade populacional, o perfil dos consumidores locais, a concorrência, os fatores de acesso e locomoção, a visibilidade, a proximidade com os clientes, a segurança e a limpeza do local.

Conforme publicações e números da saúde do DATASUS e do IBGE, os gastos em saúde da população de classe baixa se concentram em medicamentos e os das classes mais altas, em serviços de saúde, principalmente em diagnósticos e terapias. Portanto as clínicas mais especializadas devem procurar localização em bairros mais nobres, com estacionamentos amplos e facilidades de acesso para a população mais abastada.

O imóvel deve ter boa aparência e o tamanho deve variar segundo as especialidades disponibilizadas. Normalmente é benéfico ficar perto de outras clínicas e hospitais de maior porte para complementar seus serviços e atender clientes de outras especialidades.

Exigências Legais e Específicas

De forma geral, para registrar uma empresa, a primeira providência é contratar um contador – profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa, auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas.

O contador pode informar sobre a legislação tributária pertinente ao negócio. Mas, no momento da escolha do prestador de serviço, deve-se dar preferência a profissionais indicados por empresários com negócios semelhantes.

Para legalizar a empresa, é necessário procurar os órgãos responsáveis para as devidas inscrições. As etapas do registro são:
– Registro de empresa nos seguintes órgãos:
– Junta Comercial;
– Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
– Secretaria Estadual da Fazenda;
– Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
– Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada ao recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal);
– Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”;
– Corpo de Bombeiros Militar.
– Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar a sua empresa (quando for o caso) para fazer a consulta prévia de local para verificar se o zoneamento é compatível com a atividade comercial.
– Obtenção do alvará de licença sanitária – adequar às instalações de acordo com o Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). Em âmbito federal, a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância de Saúde, estadual e municipal, fica a cargo das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde (quando for o caso);
– Preparar e enviar o requerimento ao Chefe do DFA/SIV do seu Estado, solicitando a vistoria das instalações e equipamentos.

As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de consumo devem observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver presente a relação de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa (física ou jurídica) adquire produtos ou serviços como destinatário final. Ou seja, é necessário que em uma negociação estejam presentes o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou serviço adquirido satisfaça às necessidades próprias do consumidor, na condição de destinatário final.

Por ser uma atividade de caráter público, os estabelecimentos de saúde precisam atender à legislação específica. Em termos gerais o setor é regulado pelas leis abaixo:
– Lei 8.080, de 19/9/91990 – Lei orgânica da Saúde que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
– Lei 9.836, de 23/9/1999 (Acrescenta dispositivos à Lei no 8.080)
– Lei 11.108, de 07/4/2005 (Altera a Lei no 8.080)
– Lei 10. 424, de 15/4/2002 (Acrescenta capítulo e artigo à Lei no 8.080)
– Lei 8.142, de 28/12/1990 – Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
– Portaria 2.203, de 05/11/1996 – Aprova a Norma Operacional Básica (NOB 01/96), que redefine o modelo de gestão do Sistema Único de Saúde.
– Portaria 373, de 27/2/2002 – Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002.
– Resolução 399, de 22/2/2006 – Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as diretrizes operacionais do referido pacto.
Adicionalmente, é possível consultar no Portal da Saúde do Ministério da Saúde mais de 60.000 normas específicas do setor através do SAÚDELEGIS.

Estrutura

A estrutura física de uma clínica de saúde depende das especialidades atendidas na clínica, expectativas de mercado quanto ao tamanho da população, estudos epidemiológicos que caracterizam as atividades a serem desenvolvidas pela clínica, demanda esperada, entre outros.
Em termos gerais deve-se proporcionar:
– recepção para os clientes;
– espera com área multiuso;
– sanitário fem / masc para público (um deles com dimensão para portadores de necessidades especiais).;
– sala de acolhimento;
– sala de estudos técnicos;
– posto de coleta de exames laboratoriais;
– área de repouso;
– farmácia;
– sala para administração;
– sanitário feminino/ masculino de funcionários;
– Copa de apoio;
– Depósito material de limpeza;
– Expurgo;
– Esterilização;
– Lavanderia terceirizada;
– Depósito de resíduos sólidos e infectantes.

A estrutura precisa atender às legislações sanitárias obrigatórias, nos níveis estaduais e municipais, disponíveis nos órgãos responsáveis. É imprescindível a observância dos seguintes aspectos para garantir adequação a essas normas e projetar instalações de boa qualidade para o público:
– Expansibilidade (projetar com possibilidades para expansões futuras)
– Flexibilidade (projetar de forma a permitir alterações em sua estrutura interna)
– Conforto térmico (atentar para ventilação e insolação natural, utilizar materiais que proporcionem conforto térmico ao ambiente, atenção especial ao tipo de cobertura , etc.)
– Conforto acústico (em áreas que necessitam de um melhor conforto acústico utilizar materiais de revestimento próprio para este fim )
– Materiais e mão de obra (empregar na construção, materiais atentando para a cultura local)
– Humanização (atentar para fluxos definidos, áreas arejadas, esperas adequadas ao volume de usuários previstos, circulações fartas, etc)
– Fluxos determinados por atividades afins ( setorizar áreas de uso comum para diminuir trânsito desnecessário dentro da unidade principalmente público externo)
– Manutenção (utilizar materiais de revestimento de fácil manutenção- custo x benefício)

Pessoal

A gestão de recursos humanos é matéria bastante complicada em qualquer campo e ainda mais na área de saúde. Algumas características do setor colocam maior importância na correta seleção, retenção, avaliação e desenvolvimento dos profissionais da área de saúde:
– quantidade de tarefas de caráter emergencial ou inadiável;
– gravidade de erros ou imprecisões;
– interdependência das atividades;
– atividades altamente especializadas;
– pouco controle hierárquico sobre o grupo gerador de trabalho, de despesas e de receita (os médicos);
– papel fundamental do cliente final no processo de trabalho.

Adicionalmente:
– os serviços de saúde são, por definição, mãos-de-obra intensivas, mesmo na vigência de alto grau de complexidade de equipamentos, principalmente se for levada em conta a discussão sobre tecnologia.A área da saúde coexiste com uma série de profissionais com formações diferentes.

– na saúde, o relacionamento interno responde com freqüência ao status das diferentes profissões na sociedade. Um capítulo importante da análise das organizações de saúde é o que discute a introdução de diversas profissões na área.

– na área da saúde, há disparidades entre os níveis mais próximos do topo e os mais próximos da base da pirâmide profissional: ainda mais gritante que a diferença de status é a distorção entre níveis salariais e exigências de cumprimento de tarefas e carga horária, sem contar tipo de supervisão realizada;

– no setor da saúde, a hierarquia gerencial é freqüentemente dissociada da hierarquia profissional, dependendo da categoria e do nível hierárquico considerado.

A qualificação dos profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o nível de retenção de funcionários, melhora a desempenho do negócio e diminui os custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal. O treinamento dos colaboradores deve desenvolver as seguintes competências:
– Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes;
– Agilidade e presteza no atendimento;
– Capacidade de apresentar e vender os produtos da clínica.
– Motivação para crescer juntamente com o negócio.

A quantificação dos profissionais para uma clínica de saúde depende do tamanho da clínica e das especialidades atendidas. Para o funcionamento, a clínica necessita de um quadro mínimo de pessoas:
– 01 administrador
– 01 Médico responsável com especialidade no objeto que será ofertado pela clinica
– 02 Recepcionistas
– 01 Técnico(a) de Enfermagem ou enfermeiro (a)
– 01 Serviços gerais

É muito comum neste ramo a prestação de serviços no atendimento de consultas ou realização de exames específicos a contratação de profissionais (médicos especialistas) por demanda ou dias específicos.

Deve-se estar atento para a convenção coletiva do sindicato dos trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências desagradáveis.

O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor. O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.

Equipamentos

A medicina se apóia de forma muito intensa na disponibilidade de tecnologia para diagnóstico, tratamento e recuperação de clientes.

A necessidade dos equipamentos deverá ser definida de acordo com as especialidades e serviços prestados.

Os equipamentos em uma clínica de saúde podem ser divididos em:

– De apoio e administração
Computadores, impressoras, scaner;
Móveis da administração
Controle ambiente e ar condicionado
Geradores
Outros

– De manipulação
Estetoscópios
Endoscópios
Recipientes
Outros

– Móveis hospitalares
Camas
Macas
Cadeiras de roda
Outros

– Equipamentos para diagnósticos
Por imagem (Raio X, tomógrafo, ressonância, etc.)
Por métodos gráficos (eletro, etc.)
Microscópios
Outros

– Equipamentos para tratamento
Manutenção da vida (UTI)
Mesas fisioterápicas
Odontologia
Diálise
Outros

– Equipamentos cirúrgicos
Pinças, bisturis, etc.
Iluminação
Mesas cirúrgicas
Outros

– Equipamentos para recuperação
Os tipos de equipamentos deverão ser escolhidos conforme a especialidade da clínica, pois podem apoiar na recuperação de pacientes com problemas nas áreas de cardiologia, ortopedia, neurologia, urologia, etc.

Matéria Prima/Mercadoria

A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
– Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.
– Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.
– Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.

Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.

Por atuar no setor de serviços, as clínicas de saúde têm como principal insumo os profissionais da área da saúde, como por exemplo: nutricionistas. Fisioterapeutas, dermatologistas, oftalmologistas, pediatras dentre outros (a depender da especialidade da clínica), medicamentos de uso geral e equipamentos para diagnose, tratamento e recuperação de pacientes.

As clínicas não comercializam mercadorias e sim serviços de saúde que se caracterizam pelo entendimento do problema do cliente, seu correto diagnóstico, um prognóstico para resolver o problema, a aplicação deste no tratamento específico e o acompanhamento da saúde do paciente posterior ao tratamento.

Por lidar diretamente com a vida do cliente, as clínicas precisam prestar um atendimento focado no bem estar do paciente enquanto nas suas dependências, tratando com humanismo seus clientes.

Organização do Processo Produtivo

Dependendo da especialidade da clínica de saúde, o processo produtivo vai variar sensivelmente e os procedimentos podem ser mais ou menos regulamentados e padronizados.
Essencialmente, as seguintes atividades devem ocorrer:
a) Recepção – primeiro contato com o paciente nas dependências da clínica para verificar o agendamento de consultas, disponibilidade do profissional de saúde, registro médico anterior, cadastro de pacientes, condições de pagamento, validade de seguros saúde, etc.
b) Consulta – quando for a primeira visita, o profissional de saúde deve diagnosticar o problema através de questionamentos específicos e exames visuais e de contato. Em consultas de acompanhamento, o profissional vai verificar a evolução do problema para certificar que o tratamento está sendo efetivo.
c) Exames específicos – muitas vezes faz-se necessário a realização de exames adicionais, usando equipamentos apropriados para detectar com exatidão a situação problemática. O paciente pode, portanto, ser encaminhado para uma sala de exames como raios X, tomografia, ecografia, etc.
d) Tratamento/cirurgia – em alguns casos, o paciente precisa passar por procedimentos específicos para a solução do problema identificado e muitas vezes ser internado para intervenção cirúrgica ou administração de tratamento.
e) Recuperação – antes de sair da clínica, o paciente normalmente passa por um estágio de recuperação e monitoramento para garantir que os procedimentos médicos foram corretamente aplicados, estão surtindo efeito e o bem estar do cliente não está em risco.

Automação

A maioria das clínicas tem processos semi-automatizados, já que os serviços de saúde são administrados pessoalmente por um profissional especializado.

O registro, admissão e acompanhamento são feitos através de sistemas computadorizados que permitem a manutenção de uma ficha médica (prontuário médico) com todos os dados da evolução do cliente.
Exames específicos normalmente têm uma fase automatizada com o uso de máquinas e equipamentos de tecnologia de ponta.

Essencialmente, os serviços de saúde têm o componente da interação humana entre paciente e profissional de saúde que é insubstituível e não pode ser automatizado. Desta forma, a automação deve se restringir aos processos de apoio, administrativos e a alguns exames complexos.

Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o valor cobrado para adquirir o sistema, implantação e da manutenção mensal, a facilidade de suporte e as atualizações oferecidas pelo fornecedor. É necessário que o sistema apresente alguns controles essenciais para realização de uma boa gestão deste tipo de negócio tais como:
– Controle dos dados sobre faturamento/vendas
– Fluxo de caixa;
– Controle de contas a pagar e a receber e bancos (conta corrente);
– Controle de estoque;
– Agenda de consultas e exames;
– Registro de clientes;
– Prontuário médico eletrônico.

Canais de Distribuição

As clínicas de saúde normalmente operam com venda direta, aguardando a visita de um cliente nas suas dependências para fazer a venda final do serviço.

Em alguns casos, os convênios médicos se prestam como canais de distribuição ao divulgarem as clínicas credenciadas e suas especialidades de atendimento. Contudo, a relação não pode ser considerada como um canal, já que normalmente não há comissionamento ou remuneração por participação na venda.

É comum os médicos terceirizados atenderem em vários locais, como hospitais, consultórios, o que possibilita a indicação de pacientes para realização de exames ou consultas especializadas na clínica.

Investimento

Os investimentos em uma clínica de saúde são categorizados conforme descrito abaixo:
– Em estrutura física (construção ou reforma de imóveis);
– Em equipamentos médico-hospitalares;
– Em estoques de material de consumo;
– Em móveis hospitalares e administrativos;
– Em equipamentos de informática;
– Em capital de giro.

Os investimentos acima, com exceção do capital de giro, geram uma depreciação e uma taxa de manutenção, agregando custos ao empreendimento para sua posterior reposição. É extremamente importante o entendimento correto de todo o investimento do negócio para a sobrevivência da clínica.

Capital de Giro

Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa.

O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa.

Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos).

Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros.

Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão.

Para este tipo de negócio poderá ser necessário um capital de giro em torno de 20% a 30% do faturamento.

Custos

Os custos de uma clínica de saúde são os gastos realizados para a realização dos atendimentos médicos, exames e tratamentos foco da atividade da clínica. O salário dos médicos, dos enfermeiros, os materiais consumidos, a depreciação dos equipamentos de diagnose e dos móveis hospitalares são exemplos de custos para a clínica de saúde.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos no negócio indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todos os gastos internos. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.

As despesas são os gastos realizados para operar o negócio. Abaixo se elencou algumas categorias referenciais de despesas. Os valores de despesas vão depender objetivamente do tamanho da clínica, da localização, das especialidades servidas ao público e da estratégia adotada pela empresa. As referências de preço abaixo devem, portanto, ser revistas para cada caso.

DESCRIÇAO – CUSTO MENSAL – CUSTO ANUAL

Salários,Comissões e Encargos – R$ 8.500,00 – R$102.000,00
Tributos,Impostos, Contribuições e taxas – R$ 780,00 – R$ 9.360,00
Agua, Luz, Telefone Internet – R$ 1.500,00 – R$ 18.000,00
Assessoria Contábil – R$ 724,00 – R$ 8.688,00
Propaganda e Publicidade da empresa – R$ 500,00 – R$ 6.000,00
Aquisição de matéria prima e insumos – R$ 3.000,00 – R$ 36.000,00
Manutenção – R$ 500,00 – R$ 6.000,00
Aluguel e condomínio – R$4.500,00 – R$ 54.000,00
TOTAL GERAL – R$ 20.004,00 – R$ 240.048,00

No item Salários não estão incluídos a remuneração do corpo clinico. Esta é uma negociação entre corpo clínico e empreendedor, que poderá ser paga de acordo com as tabelas dos planos de saúde ou por meio de percentual/valor fixo no caso de atendimento particular.

Diversificação/Agregação de Valor

Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao produto principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta oferecer algo que os produtos concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu nível de satisfação com o serviço prestado.

As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na identificação de benefícios de valor agregado.
No caso de uma clínica de saúde, há diversas oportunidades de diferenciação, tais como:
– Complemento do atendimento com visitas em casa;
– Transporte de clientes com dificuldades de locomoção;
– Ampliação das linhas de atendimento, com outras especialidades complementares.
– Aviso aos pacientes,por SMS, mensagens ou e-mails, para agendamento de exames ou consultas regulares como por exemplo mamografia, consultas ginecológicas.

Divulgação

A divulgação é um componente fundamental para o sucesso de uma clínica de saúde. As campanhas publicitárias devem ser adequadas ao orçamento da empresa, à sua região de abrangência e às peculiaridades do local. Abaixo, sugerem-se algumas ações mercadológicas acessíveis e eficientes:
– Confeccionar folders e flyers para a distribuição em empresas, academias, hospitais e residências;
– Anunciar em jornais de bairro e revistas;
– Montar um website com a oferta de serviços.
– Envio de email marketing mensais para pacientes sobre os produtos oferecidos ou campanhas eventuais.
O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando puder, superar as expectativas do cliente. Ao final, a melhor propaganda será feita pelos clientes satisfeitos e bem atendidos.

Informações Fiscais e Tributárias

O segmento de CLÍNICA DE SAÚDE, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 8630-5/03 como atividade de consultas e tratamento médico prestadas a pacientes externos exercidas em consultórios, ambulatórios, postos de assistência médica, clínicas médicas, clínicas oftalmológicas e policlínicas, consultórios privados em hospitais, clínicas de empresas, centros geriátricos, bem como realizadas no domicílio do paciente , não poderá optar pelo SIMPLES Nacional – Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, por se enquadrar como atividade vedada na Lei Compl. 123/2006, consolidada pela RCGSN 94/2011.

Neste segmento temos as seguintes opções tributárias:

Lucro Presumido: É o lucro que se presume através da receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços. Trata-se de uma forma de tributação simplificada utilizada para determinar a base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração pelo Lucro Real. Nesse regime, a apuração do imposto de Renda e da Contribuição Social é feita trimestralmente.

A base de cálculo para determinação do valor presumido para o IRPJ é de 32% e para a CSLL é de 12%, sobre a receita bruta, para a atividade de escritório de consultoria. Sobre o resultado da base de calculo (Receita Bruta x 32%), aplica-se as alíquotas de:

IRPJ – 15%, para determinação do IRPJ. Poderá haver um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 20.000,00, no mês, ou R$ 60.000,00, no trimestre, uma vez que o imposto é apurado trimestralmente;
CSLL – 9%, para determinação da CSLL. Não há adicional de imposto.
Ainda incidem sobre a receita bruta os seguintes impostos, que são apurados mensalmente:

PIS – 0,65% – sobre a receita bruta total;
COFINS – 3% – sobre a receita bruta total.

Lucro Real: É o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações estabelecidas em nossa legislação tributária. Este sistema é o mais complexo, que deverá ser muito bem avaliado por um contador, quanto a sua aplicação neste segmento. As alíquotas para este tipo de tributação são:

IRPJ – 15% sobre a base de cálculo (lucro líquido). Haverá um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 20.000,00, multiplicado pelo número de meses do período. O imposto poderá ser determinado trimestralmente ou com opção do Lucro estimado mensalmente e apuração anual;

CSLL – 9%, determinada nas mesmas condições do IRPJ;
PIS – 1,65% – sobre a receita bruta total, compensável;
COFINS – 7,65% – sobre a receita bruta total, compensável.

Neste caso o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) é não cumulativo, sendo permitido o aproveitamento do crédito no mesmo percentual, nas aquisições dos produtos.

ISS – Calculado sobre a receita de prestação de serviços, conforme o município onde a empresa estiver sediada.

Fundamentos Legais: Leis 9249/1995 (com as alterações posteriores).

Eventos

Existe um grande número de eventos do setor de saúde em âmbito nacional e internacional.

É muito importante a participação em eventos do setor para o empreendedor se atualizar com as novidades da sua especialidade, ampliar sua rede de relacionamentos e obter idéias para melhor atender seus clientes.

Seguem alguns exemplos de eventos do setor. Para uma lista completa, visite o site do Ministério da Saúde (http://portal.saude.gov.br) no link eventos da saúde ou na Biblioteca Virtual de Saúde (http://bvsms.saude.gov.br) no link Eventos da Saúde:
– Congresso Internacional de Educação Física
– Congresso Internacional de odontologia
– Congresso de Medicina Tropical – – Mudanças Ambientais e as Doenças Tropicais: Desafios do Milênio
– Simpósio Internacional em Neuromodulação
– Congresso Norte Nordeste de Oftalmologia
– Congresso da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt)
– Congresso Brasileiro de Microbiologia – 2015
– Congresso Internacional de Câncer Gástrico São Paulo – 2015
– Jornada Nacional de Imunizações – Rio de janeiro – 2014
– Congresso Brasileiro de Nutrição e Congresso Ibero-Americano de Nutrição
– Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções
– Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência & Profissão
– Congresso Brasileiro de Cardiologia
– Congresso Franco Brasileiro de Oncologia
– Congresso Brasileiro de Homeopatia
– Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida

Entidades em Geral

– Associação Brasileira de Educação Médica (Abem)
– Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)
– Associação Brasileira de Ensino de Fisioterapia (Abenfisio)
– Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)
– Associação Brasileira de Ensino Odontológico (Abeno)
– Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue)
– Associação Brasileira de Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed)
– Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi)
– Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco)
– Associação Brasileira de Psicologia (Abep)
– Associação Brasileira dos Fabricantes de Produtos Médicos,Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios
– Associação Médica Brasileira
– Associação Nacional do Ministério Público de Defesa da Saúde – AMPASA
– Centro Brasileiro de Estudos da Saúde
– Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas
– Confederação Nacional de Saúde
– Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
Comsaúde – Fiesp
– Conselho Federal de Medicina
– Conselho Federal de Odontologia
– Conselho Nacional de Saúde
– Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
– Conselho Nacional de Secretários de Saúde
– Federação Nacional dos Médicos
– Fórum das Entidades Nacionais dos Trabalhadores da Área da Saúde (Fentas)
– Fórum Nacional de Educação das Profissões na Área da Saúde (Fnepas)
– Rede Nacional de Ensino de Terapia Ocupacional (Reneto)
– Sindicato dos Laboratórios de Minas Gerais
– Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa)

Normas Técnicas

Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa, universidade e pessoa física).

Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.

1. Normas específicas para uma Clínica de Saúde

ABNT NBR 15943:2011- Diretrizes para um programa de gerenciamento de equipamentos de infraestrutura de serviços de saúde e de equipamentos para a saúde.

Esta Norma estabelece os componentes mínimos de um programa de gerenciamento de equipamentos.

ABNT NBR 12808:1993 – Resíduos de serviço de saúde – Classificação.

Esta Norma classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que tenham gerenciamento adequado.

ABNT NBR 12809:2013 – Resíduos de serviços de saúde — Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde intraestabelecimento.

Esta Norma estabelece os procedimentos necessários ao gerenciamento intraestabelecimento de resíduos de serviços de saúde os quais, por seus riscos biológicos e químicos, exigem formas de manejo específicos, a fim de garantir condições de higiene, segurança e proteção à saúde e ao meio ambiente.

ABNT NBR 12810:1993 – Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento

Esta Norma fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna e externa dos resíduos de serviços de saúde, sob condições de higiene e segurança. .

ABNT NBR 13853:1997 – Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – Requisitos e métodos de ensaio.

Esta Norma fixa as características de coletores destinados ao descarte de resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes, tipo A.4, conforme a ABNT NBR 12808.

ABNT NBR ISO 17665-1:2010 – Esterilização de produtos para saúde — Vapor – Parte 1: Requisitos para o desenvolvimento, validação e controle de rotina nos processos de esterilização de produtos para saúde.

Esta parte da ABNT NBR ISO 17665 especifica requisitos para o desenvolvimento, validação e controles de rotina para o processo de esterilização por vapor de produtos para saúde.

ABNT ISO/TS 17665-2:2013 – Esterilização de produtos para saúde — Vapor – Parte 2: Guia de aplicação da ABNT NBR ISO 17665-1.

Esta Especificação Técnica fornece uma orientação geral para o desenvolvimento, validação e controle de rotina de processos de esterilização por vapor, e tem a intenção de explicar os requisitos que são definidos na ABNT NBR ISO 17665-1. A orientação dada nesta Especificação Técnica é fornecida para promover boas práticas relacionadas a processos de esterilização por vapor e auxiliar o desenvolvimento e validação de um processo de esterilização por vapor de acordo com a ABNT NBR ISO 17665-1.

2. Normas aplicáveis na execução de uma Clínica de Saúde

ABNT NBR 15842:2010 – Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais.

Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente.

ABNT NBR 13534:2008 – Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos específicos para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde.

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções: Adicionar: Os requisitos específicos desta Norma aplicam-se a instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde, visando garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde. NOTA 1 Quando a utilização de um local médico for alterada, em particular com a introdução de procedimentos mais complexos, deve-se adequar a instalação elétrica existente à alteração promovida, de acordo com os requisitos desta Norma. Essa é uma questão ainda mais crítica se envolver procedimentos intracardíacos e de sustentação de vida de pacientes. NOTA 2 Quando aplicável, esta Norma pode ser utilizada em clínicas veterinárias. Nota 3 Esta Norma não se aplica a equipamentos eletromédicos. Para equipamentos eletromédicos, ver série de normas ABNT NBR IEC 60601.

ABNT NBR 7256:2005 – Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) – Requisitos para projeto e execução das instalações.

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para projeto e execução de instalações de tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS).

ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.

Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.

ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida:2008 – Instalações elétricas de baixa tensão.

Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.

ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior.

Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.

ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.

Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade e do ambiente.

ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida:2005 – Acessibilidades a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

Glossário

Abrangência geográfica – Área em que a operadora de plano de saúde se compromete a garantir todas as coberturas de assistência à saúde contratadas pelo beneficiário.

Acessibilidade aos serviços de saúde – Possibilidade econômica, ou geográfica, ou legal, ou cultural, ou organizativa que uma população possui para ser atendida em um serviço de saúde. Nota: a acessibilidade econômica é a utilização de um serviço a partir do poder aquisitivo da população, frente aos preços dos serviços e medicamentos.

Agência de avaliação de tecnologias em saúde – Instituição pública ou privada dedicada a realizar e a divulgar os resultados de investigações sobre tecnologias em saúde, novas e preexistentes, a partir de evidências disponíveis sobre a segurança, a eficácia, a efetividade, a relação custo-efeito e o impacto socioeconômico e ético dessas tecnologias.

Agente – Entidade que se interpõe e influi na escolha de bens e serviços fora do domínio de conhecimento de uma instituição que necessita adquirir ou consumir determinado produto

Agente comunitário de saúde – Trabalhador que desenvolve atividades de prevenção de doenças, de promoção da saúde e de incentivo à cidadania, atuando, sob supervisão, junto a famílias, grupos sociais e coletividades por adscrição de população

Altruísmo recíproco – Atitude mutualista do ser humano para proteger, apoiar e promover o bem-estar de qualquer indivíduo sob ameaça ou risco que possa comprometer sua identidade e/ou integridade física, moral, religiosa ou ideológica

Análise de custo em saúde – Avaliação econômica parcial, no âmbito da saúde, que considera apenas os custos do uso da tecnologia

Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde – Espaço coletivo público, não-estatal nem governamental – constituído por movimentos sociais e por organizações não-governamentais, mas principalmente por entidades de mediação pedagógica entre as culturas populares e as políticas de saúde –, em que organizações populares e instâncias de governo podem construir compromissos a fim de influenciar a elaboração, implementação e gestão de políticas públicas de saúde

Avaliação de tecnologias em saúde – Exercício complexo de pesquisa e de produção de informações, baseado em critérios de efetividade, de custo, de risco ou de impacto do seu uso, de segurança e critérios éticos que visam à seleção, à aquisição, à distribuição ou ao uso apropriado de tecnologias, incluindo a avaliação de sua necessidade

Avaliação econômica em saúde – Análise comparativa de diferentes tecnologias, no âmbito da saúde, referentes aos seus custos e aos efeitos sobre o estado de saúde

Bem – Objeto, instrumento, meio ou elemento material que, em função de sua escassez, tem valor e pode satisfazer, direta ou indiretamente, um desejo ou uma necessidade humana

Benefício – Ganho ou resultado positivo de qualquer tecnologia em saúde

Consumo de serviços de saúde – Uso ou emprego dos serviços de saúde por parte de um indivíduo ou grupo de pessoas, a fim de se obter uma satisfação em termos de melhoria da qualidade de vida relacionada à saúde. Ver Qualidade de vida relacionada à saúde

Contas em saúde – Instrumentos de análise detalhada sobre o financiamento e o gasto público e privado de um sistema de saúde que contêm: i) as fontes e os destinos dos fundos dedicados à atenção de saúde; ii) a concentração de gastos nos diferentes serviços e programas; e iii) a distribuição do orçamento sanitário entre diferentes regiões e grupos populacionais

Convênio em saúde – Instrumento de acordo ou ajuste no qual as partes são envolvidas para realização de objetivos de interesses comuns e, principalmente, que resultem obrigatoriamente em benefícios de interesse público. Nota: exemplos de convênios em saúde são os projetos firmados entre o Ministério da Saúde e entidades, fundações, hospitais, instituições filantrópicas, universidades, prefeituras e órgãos federais, a fim de financiar construções, reformas, aquisição de equipamentos, de unidades móveis e/ou manutenção de hospitais

Corpo docente em serviços de saúde – Conjunto de preceptores, tutores e orientadores de serviço das residências, especializações e aperfeiçoamentos

Custo em saúde – Valor dos recursos empregados no uso de uma alternativa terapêutica, de um programa ou de um serviço de saúde durante um período de tempo

Despesa – Montante de recursos gastos, em um determinado período, que não está diretamente relacionado com a atividade fim

Despesa em saúde – Desembolso que se dá em virtude da obtenção de bens ou de serviços de saúde

Educação em saúde – 1 – Processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população e não à profissionalização ou à carreira na saúde. 2 – Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades

Emergência – Situação que implica risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do médico assistente

Equipe multiprofissional em saúde – Composição de coletivos de trabalho, integrados pelas diferentes profissões de saúde. Sua dinâmica de atuação implica compartilhamento e potencialização de ações e de compromissos junto aos usuários do sistema de saúde. A organização das equipes multiprofissionais deve levar em conta as realidades locais em que atuarão e a disponibilização, de maneira matricial (transdisciplinar), dos saberes e práticas organizados em profissões da saúde

E-saúde – Campo emergente do conhecimento em saúde, desenvolvido a partir de uma intersecção entre a informática médica, a saúde pública e a administração, referindo-se a serviços de saúde e gestão da informação por meio da internet e de tecnologias afins

Fundo de saúde – Fundo ou conta específica que engloba todos os recursos destinados ao setor Saúde – de doações, rendimentos, repasses e transferências – que, obrigatoriamente, só podem ser utilizados em ações e serviços de saúde

Fundo Nacional de Saúde – Fundo especial, organizado de acordo com diretrizes e objetivos do SUS, cujos recursos estão previstos na Lei Orçamentária Anual conforme o Plano Plurianual dos Projetos e Ações Governamentais e que são provenientes de fontes nacionais e internacionais

Gerência de unidades, serviços e programas – Ação de conduzir a execução administrativa das políticas de prestação de serviços e programas de saúde para a população

Hospital de ensino – Hospital certificado em conjunto pelos ministérios da Saúde e da Educação como instituição de assistência que participa da formação de estudantes de graduação e de pós-graduação, contribui para a pesquisa, o desenvolvimento científico e a avaliação tecnológica em saúde e que atende a compromissos de educação permanente em saúde junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Indicador de saúde – Medida que expressa dimensões do estado de saúde, como exemplos, a taxa de mortalidade infantil, a esperança de vida e a taxa de mortalidade materna

Investimento – Aplicação de recursos financeiros com a finalidade de aumentar o ativo (aquisição de bens permanentes: tomógrafo, equipamento cirúrgico, imóvel, etc.) e melhorar a gestão de pessoal

Mercado de serviços de saúde – Encontro de ofertantes e demandantes para a transação de bens e serviços relacionados com o setor Saúde

Necessidades de atenção à saúde – Situações em que um indivíduo padece, ou crê que padece, de uma carência de saúde, percebida ou definida por um profissional de saúde, para a qual existe um tratamento efetivo e aceitável

Norma Operacional de Assistência à Saúde – Norma cujo objetivo é facilitar a pactuação e viabilizar os procedimentos entre municípios, fortalecendo, assim, a implementação do SUS.

Preceptor – Profissional de saúde com função de supervisão docente-assistencial por área específica de atuação ou de especialidade profissional, dirigida aos profissionais de saúde com curso de graduação, e mínimo de três anos de experiência em área de aperfeiçoamento ou especialidade ou titulação acadêmica de especialização ou de residência, que exerçam atividade de organização do processo de aprendizagem especializado e de orientação técnica aos profissionais ou estudantes, respectivamente em aperfeiçoamento ou especialização ou em estágio ou vivência de graduação ou de extensão

Profissional de saúde – Indivíduo que, estando ou não ocupado no setor da Saúde, detém formação profissional específica ou qualificação prática ou acadêmica para o desempenho de atividades ligadas diretamente ao cuidado ou às ações de saúde

Protocolo – Registro de atos oficiais, negociados e pactuados entre gestores e trabalhadores nas Mesas de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) federal, estaduais e municipais

Protocolos clínicos – Conjunto de diretrizes, de estratégias, de critérios e de pautas, provenientes de uma revisão sistemática da evidência científica disponível e de uma avaliação profissional, apresentado de maneira estruturada e elaborado com o objetivo de ajudar os profissionais de saúde e os pacientes em suas decisões

Quadrilátero da formação em saúde – Noção explicativa dos fatores a se considerar no processo de educação permanente em saúde: práticas de ensino, práticas de atenção, práticas de gestão e práticas de controle social no âmbito da saúde.

Qualidade de vida relacionada à saúde – Condição em que é possível identificar, de forma subjetiva e global, a satisfação de um indivíduo em relação ao seu estado de saúde, com base em critérios fundamentais estipulados no âmbito da saúde

Qualificação profissional em saúde – Processo em que o trabalhador adquire conhecimentos qualificados para o desempenho de determinada função, a fim de atingir um melhor aproveitamento no exercício do trabalho e no desenvolvimento institucional

Residência – Modalidade de educação profissional pós-graduada, desenvolvida em ambiente de serviço, mediante orientação docente-assistencial

Residência Médica – Modalidade de pós-graduação lato sensu, desenvolvida em ambiente de serviço, destinada a médicos, cujas atividades são sempre supervisionadas por profissionais de elevada qualificação ética e profissional.

Satisfação do usuário – Condição que se percebe nos pacientes, no âmbito da saúde, consubstanciada em um contentamento advindo da realização de suas expectativas em relação à atenção sanitária recebida

Seguro de saúde – Documento de transferência das responsabilidades financeiras associadas a cuidados de saúde futuros em troca de um pagamento fixo realizado a cada período de tempo

Tecnologias em saúde – Conjunto de equipamentos, de medicamentos, de insumos e de procedimentos utilizados na prestação de serviços de saúde, bem como das técnicas de infra-estrutura desses serviços e de sua organização.

Telessaúde – Atenção à saúde realizada a distância

Trabalhador de saúde – Indivíduo que se insere direta ou indiretamente na prestação de serviços de saúde, no interior dos estabelecimentos de saúde ou em atividades de saúde, podendo deter, ou não, formação específica para o desempenho de funções atinentes ao setor

Unidade de serviço – Unidade de referência para cálculo de valores atribuídos aos procedimentos constantes nas especialidades médicas de diagnóstico e tratamento e em outros componentes das tabelas oficiais e privadas de remuneração por serviços prestados

Variação da prática médica – Variação que resulta de atuações diferenciadas na prática dos médicos diante de situações clínicas idênticas, derivadas das incertezas que acompanham essas decisões, fundamentadas em teorias insuficientemente avaliadas ou de escassa evidência científica disponível

Dicas de Negócio

Como estabelecimentos que cuidam da vida, as clínicas de saúde precisam se diferenciar por ter um tratamento humanista, de qualidade, que alivie as dificuldades que o cliente se encontra, melhorando sua percepção do tratamento.

O empreendimento deve buscar a melhor equipe técnica e de apoio, primando na seleção, retenção, desenvolvimento e avaliação dos profissionais que interagem diretamente com o público e caracterizam o serviço com sua postura.

É importante a aquisição de equipamentos e tecnologia médica de primeira qualidade, permitindo o acesso dos clientes ao que há de melhor no tratamento.

A estrutura física da clínica precisa primar por limpeza, facilidades de acesso e facilitar na criação de um ambiente propício para o tratamento dos clientes.

Os custos médicos podem facilmente se descontrolar. Desta forma, torna-se imprescindível para o bem estar do negócio um controle permanente sobre os custos e despesas do empreendimento, em uma atitude de todos em relação ao gasto controlado e inteligente dos recursos da clínica.

A interação constante com o mercado, buscando entender as expectativas e percepções dos clientes pode caracterizar uma clínica de sucesso. É imprescindível o conhecimento profundo do mercado e suas características mais intrínsecas, para um correto posicionamento estratégico.

Características

O empreendedor precisa estar atento às tendências do mercado e aos hábitos de seus clientes. Deve identificar os movimentos deste mercado e adaptá- los à sua oferta, reconhecendo as preferências dos clientes e renovando continuamente a oferta de produtos.

Os comportamentos observados em empreendedores de sucesso geraram um conjunto de características, resultantes em padrões de condutas.

Pessoas que assim se comportam possuem características de comportamento empreendedor, tais como:
– Busca constante de informações e oportunidades;
– Iniciativa e persistência;
– Comprometimento;
– Qualidade e eficiência;
– Capacidade de estabelecer metas e assumir riscos;
– Planejamento e monitoramento sistemáticos;
– Independência e autoconfiança;
– Senso de oportunidade;
– Conhecimento do ramo;
– Liderança.

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Fonte: https://www.sebrae.com.br/

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